Esta deliciosa correspondência entre T.S.Eliot e Groucho Marx foi traduzida por Helder Moura Pereira, por sugestão dele, para o nº2 da revista Magma, dirigida por Carlos Alberto Machado e Sara Santos, que eu coordenei. A tradução foi revista para esta postagem.
26 de Abril de 1961
Caro Groucho Marx,
Escrevo para lhe dizer que o seu retrato já chegou, o que me deu grande alegria, e que, depois de emoldurado, o vou pôr na parede junto de outros amigos meus igualmente famosos, como W.B.Yeats e Paul Valéry. Não sei se me pediu uma fotografia minha por querê-la mesmo ou por mera amabilidade, mas, seja como for, enviá-la-ei logo que possa. Já mandei fazer uma das que considero melhores e nela hei-de pôr uma dedicatória que expresse toda a minha gratidão e sincera admiração. O seu retrato, de entre todas as figuras mais conhecidas que aprecio, era o que eu mais ambicionava ter e, no que diz respeito ao meu, ficarei contente se houver um cantinho na sua colecção onde possa caber.
Termino dizendo-lhe que, se e quando vier a Londres com Mrs. Marx, a minha mulher e eu gostaríamos muito de ter a vossa companhia num jantar em nossa casa.
Com os melhores cumprimentos,
T.S. Eliot
P.S.
Sou também grande apreciador de charutos, mas no meu retrato também não aparece nenhum.
19 de Junho de 1961
Caro T.S.,
A sua fotografia chegou em boas condições e eu espero que esta simples nota de agradecimento o vá encontrar igualmente bem.
Não fazia ideia de que era tão bem parecido. Você nunca ter recebido qualquer proposta para actor principal de um filme de amor só pode dever-se à estupidez de quem faz os elencos.
Se for a Londres, decerto aproveitarei o seu gentil convite e se se der o caso de ser você a vir à Califórnia, espero que me permita ser eu a convidar.
Cordialmente,
Groucho Marx
25 de Janeiro de 1963
Caro Sr. Eliot,
Acabei de ler na revista Time que se encontra doente. Gostava só de lhe dizer que estou aqui a torcer para que a sua recuperação seja rápida. Em primeiro lugar, por causa da sua contribuição para a literatura, e depois pelo facto de nas mais difíceis circunstâncias nunca abandonar a companhia de um bom charuto.
Vá lá, despache-se e ponha-se bom.
Com toda a consideração,
Groucho Marx
23 de Fevereiro de 1963
Caro Groucho Marx,
A mim parece uma impertinência maior tratar Groucho Marx por “Caro Sr.Marx” do que tratar qualquer outra pessoa célebre pelo seu primeiro nome. Se o trato desta forma, meu caro Groucho, é apenas devido ao muito respeito que tenho por si. E não imagina a minha alegria se um dia recebesse uma carta de Groucho Marx que começasse com “Caro T.S.E.”. Mas se agora lhe escrevo é para agradecer a sua carta e dizer que estou a convalescer o mais rapidamente que me permitem os terríveis rigores deste Inverno, o que leva a que a minha mulher e eu partamos para as Bermudas, onde o clima é mais quente e o ar mais puro, nos finais do próximo mês, esperando estar de volta a Londres pela Primavera, a tempo, pois, de o receber com enorme satisfação. Seria magnífico se pudesse visitar-nos, digamos, no princípio de Maio.
Mrs. Groucho virá consigo? (Julgamos tê-los visto aos dois na Jamaica, no princípio de 1961, prestes a embarcar naquele barco de fibra de vidro do qual tínhamos acabado de escapar). É importante que traga uma secretária, um encarregado de relações públicas e um par de detectives privados, para vos proteger da imprensa londrina; esperamos sinceramente que, apesar dos seus inúmeros afazeres, nos possa dar a honra de partilhar uma refeição connosco.
Com a maior simpatia
T.S.Eliot
P.S. O seu retrato já está emoldurado e pendurado na parede do meu escritório, mas tenho sido eu a dizer quem você é aos meus visitantes, pois ninguém o identifica assim, sem o charuto e os olhos a rodopiar. Vou fazer os possíveis por ter à sua espera charutos que sejam merecedores de si.
16 de Maio de 1963
Caro Groucho,
Era minha intenção escrever-lhe mal chegasse das Bermudas a fim de agradecer esta sua segunda e belíssima fotografia, mas, após cinco semanas no hospital no final do ano, e outras tantas em casa, entregue aos cuidados de minha mulher, acabei por ser despachado logo a seguir para as Bermudas, porque era urgente recuperar em clima mais ameno, e só agora de lá regressei. Ainda não estou completamente restabelecido, mas espero já me encontrar bem quando você e Mrs. Groucho vierem até cá. Já há alguma data? Estaremos no Yorkshire por finais de Junho e princípios de Julho, mas ficaremos por aqui durante o resto do Verão.
Entretanto, deixe-me que lhe diga, o seu esplêndido novo retrato já está para emoldurar. Eu gosto muito das duas fotografias e não consigo decidir qual a que levarei para casa e a que ficará comigo no escritório. A segunda que recebi impressionaria mais os meus visitantes, sobretudo aqueles que eu gostaria de impressionar, pois é indesmentivelmente Groucho. Talvez a única solução seja eu andar com ambas diariamente de um lado para o outro.
Não sei se serei capaz de descobrir charutos da qualidade do que aparece no seu retrato, mas vou fazer os possíveis.
Com a gratidão do seu admirador,
T.S.
11 de Junho de 1963
Caro Sr.Eliot,
Sou um correspondente assaz descuidado e só agora, com a sua carta de 16 de Maio aqui à minha frente, é que venho dar-lhe notícias.
A verdade é que uma coisa é o que planeamos fazer e outra o que a vida nos traz. Pouco tempo depois de receber a sua carta, vi-me a braços com uma infecção não muito grave, mas de que ainda não recuperei completamente, o que obriga a que todos os planos que tinha feito para sair no Verão tenham ido por água abaixo.
Agora é minha intenção visitar Israel no princípio de Outubro, quando os turistas já estão todos de regresso aos seus países. E quando voltar de Israel, então sim, passarei por Londres para o ver.
Espero que já esteja totalmente recuperado da sua doença e que cuide bem de si, para que nada mais lhe aconteça. Em Outubro, não se esqueça, fica combinado que nos vamos enfrascar os dois.
Cordialmente,
Groucho
24 de Junho de 1963
Caro Groucho,
A mudança de datas que me refere na sua carta tem, pelo menos, a vantagem de saber que estarei em melhores condições em Outubro para beber uns copos consigo. Invejo-o por ir a Israel e, se o clima não for mau no Inverno, talvez eu o possa fazer também um dia, dado que tenho uma genuína admiração por esse país. Espero que traga muitas coisas para contar quando nos encontrarmos e que, já agora, ambos gozemos da melhor saúde.
Um dos seus retratos está na parede do meu escritório e o outro em cima da minha secretária, em casa.
Saudações do
T.S.
1 de Outubro de 1963
Caro Tom,
Se não é este o seu verdadeiro nome, é o cabo dos trabalhos! Mas acho que li já não sei onde que o seu primeiro nome é o mesmo que o de Tom Gibbons, um pugilista profissional que em tempos viveu em St. Paul.
Não fazia a mais pequena ideia de que já tem setenta e cinco anos. Na secção de livros do New York Times de 29 de Setembro saiu uma excelente homenagem a si. Se não tiver conseguido arranjar o New York Times, diga-me e eu mando-lhe o meu exemplar. Vem lá uma magnífica fotografia sua feita por um tal Gerald Kelly. A avaliar por essa fotografia, eu não lhe daria mais do que sessenta anos, no máximo mais uns quinze dias.
Havia também um parágrafo que mencionava os muitos retratos que povoam o seu escritório. Um dos nomes brilhava pela ausência. Cá para mim, deve ter sido por lapso de Stephen Spender.
A minha doença, que, há três meses, os meus médicos descreviam como trivial, tem-me deixado de rastos. Enquanto isto, os tais três médicos vivem à grande e à francesa. Até agora, já me extorquiram oitocentas notas. Só falo nisto para lhe explicar porque não posso deslocar-me aí em Outubro. Contudo lá para Maio ou à volta disso conto estar nas melhores condições para usufruir da refeição grátis que me vem prometendo desde há dois anos.
Tudo de melhor para si e para a sua encantadora mulher, seja ela quem for.
Espero que a boa saúde tenha voltado.
Os melhores cumprimentos do
Groucho
16 de Outubro de 1963
Caro Groucho,
Tenho aqui comigo a sua carta de 1 de Outubro. Não consigo lembrar-me de quem seja Tom Gibbons, mas se o ajudar a lembrar-se do meu nome, tanto melhor.
Acho que Stephen Spender estava apenas a referir-se a pinturas a óleo e a aguarelas, não a fotografias – pelo menos assim me pareceu. Sendo certo que há uma grande profusão de fotografias de parentes e amigos no meu estúdio, também devo dizer, por amor à verdade, que não me recordo de o Stephen lá ter entrado alguma vez. Ele mandou-me o que escrevera para o New York Times e eu propus umas alterações, fazendo-lhe notar que também havia por aqui uns quantos livros bons, coisa que ele próprio podia ter visto se olhasse um pouco mais para cima.
Existe também no meu escritório um intrigante retrato que pertence a uma pessoa muito importante e que já tem sido identificado por visitantes e amigos de ambos os sexos.
Lamento que não possa vir até cá este ano e ainda mais lamento as razões que o impedem. Espero, contudo, que seja possível na Primavera, isto se os seus médicos lhe deixarem dinheiro na conta bancária que dê para as despesas da viagem. Se não puder vir, receio bem que todas as pessoas a quem me andei a gabar de o conhecer (e de nos tratarmos pelo nome próprio) me vão achar um fala-barato. Pode contar com a tal refeição grátis, bebidas incluídas, quando vier em Maio. Entretanto, estaremos em Nova Iorque durante todo o mês de Dezembro e se por acaso acontecer estiver por lá nessa altura do ano, espero poder antecipar, com muito gosto, a refeição grátis. Creia que ficarei encantado se puder encontrar-me consigo e for visto na sua companhia, seja em que sítio for. A minha encantadora mulher junta-se-me nos desejos dos melhores votos para si, mas devo dizer que não acrescentou “seja ele quem for” – ela sabe quem você é. Fui eu, de resto, quem lhe deu a conhecer os filmes dos Irmãos Marx e agora ela é tão sua admiradora quanto eu. Não há muito tempo, fomos ver uma reposição de Os Irmãos Marx no Faroeste, que eu ainda não tinha visto. E não demos o tempo por perdido.
Sempre seu,
Tom
P.S.
A fotografia foi tirada a um retrato a óleo, feito há 2 anos, não é uma fotografia extraída da vida real. Ficou muito bem e a minha mulher diz mesmo que é a minha representação fiel.
1 de Novembro de 1963
Caro Tom,
Uma vez que Você descende dos primeiros americanos (não quero com isto dizer que seja uma velha peça de mobília mas que, para todos os efeitos, as suas origens estão lá em St. Louis), já deveria ter ouvido falar de Tom Gibbons. Para seu proveito, deixe-me dizer-lhe que Tom Gibbons é natural de St. Paul, no Minnesota, que fica tão perto de Missouri que, se atirássemos uma pedra, ela lá chegaria. Isto, claro, se a pedra fosse dentro de um míssil. Tom foi, a determinada altura, campeão do mundo de pesos-leves e, apesar de ter menos nove quilos do que Jack Dempsey, obrigou-o a um combate nulo em Shelby, Montana.
O nome Tom dá para muita coisa. Houve em tempos um famoso actor judeu chamado Thomashevsky. Além disso, todos os gatos se chamam Tom – a não ser que tenham sido capados. Nesse caso, são apenas neutros e, como os acontecimentos em Saigão tão bem demonstraram, já não há lugar para os neutros.
Há uma velha canção de embalar que começa assim: “Tom, Tom, dorme que é bom”, e por aí fora. O terceiro Presidente dos Estados Unidos também se chamava Tom… se é que Jefferson não lhe tinha ocorrido ainda.
Portanto, quando o trato por Tom, isso quer dizer que você é um misto de pugilista, gato vadio e terceiro Presidente dos Estados Unidos.
Acabei há pouco tempo o meu último opúsculo, Memórias de Um Pinga-Amor. Muito do que lá está é autobiográfico e muito pouco é ficção. Duvido que possa sobreviver ao tempo, mas se você estiver mais inclinado para as coisas do sexo na noite em que o ler, pode ser que o estimule a um ponto inesperado e lhe reacenda recordações que há muito não habitavam a sua mente.
O sexo, como indústria, é um grande negócio neste país, tal como acontece em Inglaterra. É algo em que toda a gente está interessada, nem que seja teoricamente. Eu acho que nunca deixou de ser assim, embora pense que nos bons velhos tempos era discutido e praticado de uma forma mais sub-reptícia. Seja como for, agora os novos escritores não se inibem de trazer para a praça pública o quarto e a casa de banho. Os responsáveis por isto tudo são Havelock Ellis, Krafft-Ebing e Brill, Jung & Freud (agora até pus aqui um trio, especialmente para si!). E, claro, há que acrescentar o falecido Sr. Kinsey, que, achando pouco o que lhe contavam, andou de casa em casa a meter o nariz em sítios onde os anjos sempre temeram entrar.
Ainda assim, gostaria de saber a sua perspectiva sobre o sexo, portanto não hesite. Confie em mim: embora possa haver quem não me ache de confiança, em assuntos tão importantes como esse garanto-lhe que o sou.
Se houver alguma possibilidade de poder estar em Nova Iorque em Dezembro, creia que farei para que tal aconteça e que lho direi.
Tudo de melhor para si e Mrs. Tom
Seu,
Groucho
3 de Junho de 1964
Caro Groucho,
Escrevo para lhe dizer que já diligenciámos para que um carro da International Car Hire (uma firma a que recorremos várias vezes) vos vá buscar, a si e a Mrs. Groucho, pelas 18.40h de Sábado, no Savoy, a fim de vos trazer até nossa casa para o jantar e vos leve de volta mais tarde. Sois nossos convidados em tudo, claro está, e ambos ansiamos pelo momento em que teremos o grande prazer de vos ver.
A notícia que acompanhava a sua fotografia nos jornais, referindo que, entre outras coisas, você vinha a Londres para estar comigo, aumentou em muito a minha reputação aqui no bairro, sobretudo na mercearia da esquina. É óbvio que agora sou uma pessoa importante.
Sempre seu,
Tom
CARTA DE GROUCHO MARX A GUMMO MARX REFERINDO O JANTAR EM CASA DE T.S.ELIOT E ASSINANDO TOM MARX
Junho, 1964
Querido Gummo:
A noite passada a Eden e eu fomos jantar a casa do meu famoso pen pal, T.S. Eliot. Foi uma noite memorável.
O poeta recebeu-nos à porta na companhia de Mrs. Eliot, uma senhora de meia idade, loira e com muito bom aspecto, cujos olhos se enchiam de adoração sempre que olhava para o marido. Ele, por sua vez, é alto, magro e encurvado; não sei se isso se deve à doença, à idade ou a ambas as coisas. Devo dizer-te que este que te escreve chegou à casa dos Eliot completamente preparado para o que desse e viesse, no caso da conversa se tornar mais literária. Durante a semana li duas vezes Assassínio na Catedral, três vezes “A Terra sem Vida” e, pelo sim pelo não, li também umas coisas do Rei Lear.
Bom, passou-se então, meu caro, que, enquanto serviam os aperitivos e durante um daqueles silêncios sempre inevitáveis quando estranhos se encontram pela primeira vez, eu, a propósito de coisa nenhuma (e “não com o som de um estrondo, mas com o de um lamento”[1]), lancei para o ar uma citação de “A Terra sem Vida”. Isso demonstraria, pensava eu, que costumava ler umas coisas para lá das notícias do mundo do espectáculo.
Eliot sorriu vagamente – como a querer dizer que sabia os seus poemas de cor e salteado e não precisava que lhos recitasse. Posto isto, atrevi-me a uma incursão pelo Rei Lear. Disse que o rei era um velho incrivelmente tonto, Deus bem o sabia; e que, se fosse meu pai, eu teria fugido de casa aos oito anos – nem esperava até aos dez.
Também não foi coisa que impressionasse o poeta. Parecia estar mais interessado em conversar sobre Os Galhofeiros ou Uma Noite na Ópera. E contou mesmo uma piada – uma das minhas – de que já nem eu me lembrava. Foi a minha vez de esboçar um sorriso vago. Eu não ia deixar ninguém – nem mesmo o poeta britânico de St. Louis – estragar o meu serão literário. Assinalei que o discurso de abertura do Rei Lear era o cúmulo da idiotia. Imaginem (disse eu) um pai a perguntar aos três filhos: Qual de vocês gosta mais de mim? E renegar depois a mais nova – a doce e amável Cordélia – , porque, ao contrário da irmã mais nova, uma perversa, era incapaz de se desfazer em falsas bajulações. Além do mais, Cordélia era, lembremo-nos, a favorita do pai!
Os Eliot escutavam educadamente. Mrs. Eliot começou então a defender Shakespeare; e também Eden, lamento dizê-lo, se pôs do lado do Rei Lear, apesar de eu ser a única pessoa em todo o mundo que a apoia. (Para ser justo para com a minha mulher, devo dizer que, tendo representado o papel de Princesa numa produção escolar de O Cisne, soube reter da peça o calor humano que advém da dignidade).
Quanto a Eliot, perguntou-me se eu me lembrava da cena do tribunal em Os Grandes Aldrabões. Felizmente que eu nem de uma palavra me lembrava. E assim chegámos ao fim do Serão Literário, que foi, apesar de tudo, muito agradável. Descobri que Eliot e eu temos três coisas em comum: 1. uma verdadeira paixão por bons charutos e 2. por gatos; e 3. pelo vício de fazer trocadilhos – um vício que tento deixar há muitos anos. T.S., pelo contrário, faz gala disso – até sente um certo orgulho. Inventou o Gus, por exemplo, o Gato do Teatro, cujo “verdadeiro nome é Asparagus[2]”.
Já que falo de espargos, deixa-me dizer-te que o jantar incluiu bife, um excelente e suculento bife inglês, muito bem cozinhado. E que, apesar de haver uma espécie de mordomo a servir, o próprio Eliot fez questão de ser ele a tratar do vinho. E era um vinho extraordinário, nenhum maître d’hotel podia tê-lo servido de forma mais delicada. Ele é uma pessoa muito simpática e recebe de uma forma bem afectuosa.
Quando lhe disse que a minha filha Melinda andava a estudar a sua poesia na Faculdade de Beverly, ele afirmou que o lamentava, pois não tinha o mais pequeno desejo de tornar-se leitura obrigatória.
Não ficámos até muito tarde, dado que ambos sentimos que ele não aguentaria uma longa noite de conversa – sobretudo comigo.
Já te disse que o tratámos por Tom? Se calhar por ser esse o nome dele. Eu, como é óbvio, pedi-lhe que me tratasse também por Tom, mas só porque detesto o nome Julius.
Teu,
Tom Marx
[1] not with a bang, but a whimper – a citação pertence a um outro poema de T.S. Eliot, The Hollow Men
[2] Ficam, a propósito, os primeiros quatro versos de Gus: the Theatre Cat, de Old Possum’s Book of Practical Cats:
Gus is the Cat at the Theatre Door.
His name, as I ought to have told you before,
Is really Asparagus. That’s such a fuss
To pronounce, that we usually call him just Gus.
Sem comentários:
Enviar um comentário