quinta-feira, 9 de agosto de 2012

GUERRA JUNQUEIRO E O MINISTRO RELVAS


Tive ontem uma sessão espírita com o meu amigo Calane da Silva, na qual apareceu a entidade que já foi Guerra Junqueira, tendo-me a mesma transmitido o que congeminara depois de ter assistido à tomada de posse do Ministro Miguel Relvas:
 Parece grato pelos vossos votos,
tão lustrosos ossos justapostos
para sempre na piquena urna,
como pó que desovou.
Pó enamorado,
abyssus abyssum invocat…
por isso tende agora amena ralação
com o finado, se parecido
vós o achardes à Democracia
pois breve seja a sala arejada
será o seu ar coalhado
aplainada estria.
Esqueça-se assim o esterco,
a sua caterva de ilusões,
esqueça-se o bufão.
Se o infausto, engodado
o voto, caiu na urna,
atravessa portanto a ponte,
e isento de nervo é natural
que o vento o amedronte,
mas se, pênsil em si mesmo
caiu, caiu de maduro.
Revela-se então inútil
qualquer penso
sobre a mente perdida
que de seu já só tinha f’rida
- foi entregue ao bicho,
isto é, à mais rala relva, ao vil.


Sem comentários:

Enviar um comentário