terça-feira, 2 de agosto de 2011

LE MOT JUST



                                                                 para o valério romão 
O poeta de Bombaim, Dom Moraes, tinha 19 anos quando aterrou em Londres e marcou encontro com o poeta das gerações anteriores que mais admirava, Stephen Spender. Este era um homem de 46 anos, já rodado, um verdadeiro sabotador das ilusões poéticas e perguntou-lhe, enquanto enfiava o rosbife na boca: “você está ciente de que ser poeta é olhar-se ao espelho e ir padecendo do ser monstruoso em que se vai tornando, porque a poesia não pactua com a mentira?”
É tudo o que me evoca a santa brutalidade de Julian Freud que, como dizia a minha mãe (que não pactuava), “não ficou cá a fazer torrões!”.

1 comentário:

  1. Não te referias ao Lucian, esse sim, o grande talhador de pedra que por acaso pintava como se esculpisse? Eu gostava muito do gajo. Tu também? Mandei-te um email. Abraço.

    ResponderEliminar