o homem com nariz de orquidea |
(post escrito num teclado sul/africano, sem acentos ou sinais, como e normal na decadence)
Sabado. Para abafar qualquer prurido decido me a ir para a cama com os trabalhos finais dos meus alunos, a fim de os ler e classificar. Leio os e so posso concluir uma coisa> a humanidade esta em retrocesso.
Seja por culpa minha ou desleixo deles, o retrocesso e profundo.
Duas chavenas de cafe depois, pego num livro sobre a Historia das Flores e cato o seguinte > em 1875, um horticultor belga teria oferecido 20 000 francos pelo polen de uma orquidea e a sua oferta foi/lhe recusada, diz/se, porque, uma flor nao pode ser propriedade de ninguem. Eis um fantastico indice civilizacional. Que estamos a perder. Ganhamos em tecnologia, o que perdemos em sensibilidade.
A humanidade esta num retrocesso profundo.
Para me salvar desta angustia, faco como o kadhafi, tomo tres viagras , derrubo a mulher, multiplico/a por quatro (temos quatro espelhos devidamente orientados no quarto) e tau/tau/tau. So dou por ela ter adormecido quando quero trocar de posicao pela sexta vez ao quarto assalto.
Acordo atarantado. Estava a sonhar. Vejo/a a dormir ao meu lado, tranquila. Fico satisfeito, porque, ao contrario do que o panoramente deprimente dos media deste tao pifio principio do seculo nos quer fazer crer, para amar, nao e preciso estar sempre a foder. Isto e apenas mais um sinal de como a humanidade esta em profundo retrocesso.
Em meu redor, derramam/se os trabalhos dos alunos. Como ladrilhos debotados de Pompeia, mijados por cabra de ocasiao.
Que fazer, pergunto.
Assistir a decadência como um estóico, um dandy ou um aristocrata. Como dizia o príncipe de Salina 'tudo tem que mudar para que tudo continue na mesma'. Abraço Cabrita, sinto-me privilegiado por poder amiúde dialogar contigo.
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