- Nenhuma formiga usa guardanapo… - protesta a Jade, que tem tudo decidido, da palma dos pés ao olhar e argumentos para dar e vender.
Houve um discípulo zen que perguntou ao seu guru: mestre, qual é a via? E ele respondeu: eu quando como, como, quando durmo, durmo, quando ando, ando, quando cago, cago…
Assim é igual a minha filha, não há um grama de divisão ao nível molecular. E decide tudo, desde o momento em que se permite levantar até ao que calça e veste, tem tudo de ser negociado. Adoptei a estratégia de ser um “monstro horrível” todas as manhãs, um monstro que leva para o caldeirão as crianças que não se vestem, para conseguir levá-la a estar pronta para ir para a escola. Se não é seduzida, se não há jogo leva o triplo do tempo.
E é porque gosta da escola, e “hoje”, diz-me, “decidi aprender uma coisa”.
Agora apareceu-me nuinha para o almoço e tive de a devolver à precedência:
- Vai lá para o teu quarto, e veste-te para estares à mesa.
- És um bandido… - responde-me ela, o equivalente para ditador. E na porta do quarto aponta o indicador em riste para mim e sentencia:
- Nenhuma formiga usa guardanapo.
Menos mal, ainda está na fase dos insectos.
Fazemos parte de uma secreta e adiada associação de "monstros" :)
ResponderEliminarMas é bom o tempo dos insectos...Sem guardanapos e com toda a liberdade para o "espalhamento" das migalhas.
Estas conversas um dia serão um belo livro.
ResponderEliminarEh pá ! A Jade não é só parecida fisicamente contigo!vai-te cortar o cabelo e fazer a barba! Eh! Eh! As conversas darão um belo livro como o João Lucas prevê
ResponderEliminarForça, Jade! Dá-lhe para ele aprender...a ser um monstro a sério.
ResponderEliminar