quarta-feira, 19 de setembro de 2012

AS CINZAS DE MARIA CALLAS, NO BRASIL



Nunca sabemos o suficiente sobre a matéria humana, se é apenas inflamável ou se é possível que por vezes não se corrompa e possa permitir a confiança.
Estou ainda em choque. Vou à procura de um livro ao site da livraria Leitura do Brasil, e resolvo depois averiguar se têm exemplares do meu romance, A Maldição de Ondina, e descubro acidentalmente que afinal tenho outro livro de ficção publicado no Brasil desde 2007, As Cinzas de Maria Callas, sem que eu soubesse de tal.
Tive conhecimento do projecto dessa editora, Llume, de publicar uma coleção com novos narradores portugueses, e inclusive lembro-me de ter indicado a Maria João Cantinho e o Gonçalo M. Tavares, que supostamente fariam parte dessa colecção. Sei que a mesma estava dependente de um concurso qualquer, e inclusive cheguei a ver as capas.
Depois o silêncio. Nenhum contrato, nenhuma notícia, nenhum exemplar.
Descubro agora que foi publicado o livro. Lá está a capa, a ficha, onde se lê que por 175 páginas se pede 49 reais, contra os 30 que custa A Maldição de Ondina, com 250 páginas.
É extraordinário, para não dizer mais. Porque é que só me caiem duques?   

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