domingo, 15 de maio de 2011

PORQUE HOJE É DOMINGO: TER GALO/ um conto inédto de Valério Romão

Um gajo já não pode confiar nos amigos. Pede-se-lhes, pá, faz-me lá um continho para meter no blogue e o marmelo responde à letra. É o que dá ter nascido em França, de pais emigrantes, fica-se a pensar que o leite é leite quando é vinho. Mas pronto, como apesar do meu embaraço (e mais não digo…) o conto tem a lâmina recurva que é preciso, aqui vos deixo um belo naco de prosa inédita de Valério Romão. E uma pergunta: que andam os editores da língua portuguesa a fazer que estão tão distraídos?

TER GALO
I
O Toni era bom miúdo, pelo menos era essa a opinião dos seus pais e demais familiares que com ele privavam desde que o rapaz não excedia, em tamanho e habilidade motriz, a forma oblonga de uma abóbora generosa. Foi por isso com alguma surpresa que o pai e a mãe do Toni receberam da directora de turma um bilhete, através do qual eram convocados para uma reunião de carácter extraordinária onde se discutiriam assuntos inadiáveis relativos ao educando Toni. O pai do Toni ouvira dizer a um colega de trabalho que esse tipo de encontros, em cima da quadra natalícia e a fechar o primeiro trimestre de aulas, serviam normalmente para transmitir aos pais que os educadores haviam querido educar o educando mas que este, teimosa e não raras vezes rudemente, não se deixava educar. Tendo em conta que o Toni era tão bom miúdo como bom estudante e que não havia indícios que nos últimos tempos ele houvesse deixado de ser uma coisa ou outra, receber uma notícia do calibre desta seria uma surpresa tão grande – mesmo que inversamente agradável – como ganhar uma qualquer lotaria e os pais de Toni, embora pessimistas pelo tom inegavelmente apreensivo da missiva, não esperavam que o filho houvesse sucumbido a uma hecatombe classificativa sem haver, pelo menos, um boletim prévio através do qual os pais pudessem antecipar o luto, banir os objectos electrónicos de entretenimento e proibir, numa arremedo de censura intelectual saudita, Google, Facebook e derivados.
O seu filho nunca evidenciou comportamentos deste género, torno a dizer, se me permite a aproximação cuidadosa ao assunto. Se fosse outro rapazito
       daqueles que já tivemos o cuidado de sinalizar para que o agrupamento lhes preste a devida atenção pedagógica
       não me admiraria e nem estaria aqui, nestes propósitos
       que não é nada meu, para ser honesta
       a tentar expor o assunto com a devida delicadeza, porque tenho dos senhores a melhor das impressões e vosso rapaz, desde que cá anda e excluindo as normais tropelias que são um sinónimo, não raras vezes, de um crescimento saudável, nunca havia sido fonte de preocupação para ninguém, muito menos para os professores que o acompanharam até agora
       mas as coisas são o que são e seria inconsequente da minha parte pretender que fossem de uma forma diferente ou não as levar à vossa consideração
       ai, desculpem-me rima
E entre umas risadas de circunstância, forçadas pelo silêncio e empurradas pelo desconchavo de três diafragmas a tentarem afinar o tom da conversa, a directora prosseguia no seu longo intróito à apresentação da versão adequada dos factos, com o qual pretendia que a verdade chegasse aos pais mastigada e digerida de tal modo que conseguisse, pela exposição cuidada do tema e pelo manejo da forma pelo qual o debitava em parágrafos de duas orações, cirurgicamente entrecortados pela exposição gratuita e oblíqua de duas fileiras de dentes, influenciar, num registo tão inconspícuo como hipnótico, a punição de que o Toni, na cabeça pedagogicamente formatada da directora, seria merecedor. Numa regurgitação de pássaro, calhar-lhes-ia no colo a ideia da directora como se fosse a deles, através da qual o Toni teria de ser educado tão cândida como firmemente, da mesma maneira que se corrigem os cães abebezados que não conseguem conter o prazer de ver os donos; mais, seria inadequado e menos seria indolor. A educação, para a directora, era como uma pirâmide de flûtes onde, às vezes, por descuido ou imprópria colocação, um dos copos não enchia, comprometendo-se e comprometendo toda a estrutura subjacente e a responsabilidade, naquele mundo geometricamente perfeito, dividia-se equitativamente segundo o andar da pirâmide, a quantidade de copos afectados e a perícia ou bondade de quem fazia soluçar o champanhe pelo gargalo da garrafa.
       De qualquer modo
Prosseguia a directora
       o assunto, embora gravoso, não merece que lhes roube toda uma tarde de trabalho. O vosso filho, assim como os outros meninos, teve de escrever, como é costume nesta altura, uma lista de presentes de Natal.
Se me permitem um aparte confessional, lembro-me de quando começámos a pedir estas listinhas aos nossos educandos. Há vinte anos, por exemplo, pedir-lhes que nos dissessem três coisas que desejassem para o Natal era excessivo. Por um lado, a maior parte deles sabia que não teria mais de uma prenda, e muitas vezes grandemente distinta daquilo que haviam pedido e, por outro lado, três desejos de Natal parecia-lhes – e a nós, confesso – manifestamente faraónico. Agora,
       mudam-se os tempos
       fazemos listinhas de dez desejos de Natal e só impondo restrições muito severas conseguimos que as crianças não excedam aquilo que lhes propomos. Qualquer dia
E fazia uma pausa onde entalhava um sorriso semi-paternalista e preparava-se, numa deformação profissional para a qual já estava cega, para finalizar a história, como sempre, com uma componente moral
       teremos um mês inteiro só para fazer as listinhas de Natal ilimitadas e não tenho dúvidas que, mesmo assim, as crianças ainda as achem insuficientes.
Os pais do Toni, numa deferência ilimitada para com a exposição do óbvio, anuíam que sim com a cabeça, sem ousarem expressar-se verbalmente sob pena de prolongarem os excursos pedagógico-morais da directora e os três, inclinados para a mesa como se a gravidade houvesse achado um umbigo, faziam do silêncio e do sorriso as pontes para os planaltos através dos quais, esperava-se, a directora soubesse expor o motivo pelo qual estavam reunidos.
       O vosso menino fez a lista dele e entregou-a a professora, que costuma reunir todas as listinhas e lê-las à turma para que os colegas tenham ideia do que é que cada um quer para o Natal. É um exercício simpático para que eles interajam e equacionem, através das perguntas que lhes vamos fazendo sobre o comportamento que tiveram ao longo do ano, se eles próprios conseguem achar-se merecedores de tamanhas regalias
       e não é difícil concluir que a maior parte tem uma ideia de si muito mais ampla que os corpinhos que a albergam
       Por vezes temos surpresas muito agradáveis porque há garotos que nos incluem, ou aos colegas ou aos familiares, no íntimo das suas listas e é reconfortante saber que o Natal, apesar da publicidade e do consumismo que lhe está associado, consegue ainda despertar no coração deste meninos uma vontade de partilha que devíamos cultivar como uma rosa no deserto.
       Céus, perdoem-me este afrontamento poético, que isto não é nada meu. O espírito natalício deve ter também passado por aqui
E os três, já por hábito, trocavam os galhardetes de uma risada enquanto aproveitavam para ajeitarem os corpos ao desconforto das cadeiras cuja preocupação ergonómica dataria certamente do tempo em que a madeira era talhada com o propósito de inculcar, naqueles que dela se iam servir para se sentarem, a empatia pela paixão de Cristo.
Cruzando as mãos como um médico que acaba de pousar os exames complementares de diagnóstico, a directora baixa os olhos e suspende a as interjeições sorridentes com as quais pontuava a conversa.
       A professora, quando foi ler a listinha dele para a turma, teve de se conter, o que é muito desagradável, para não revelar aquilo que o menino havia escrito aos colegas. Como é uma colega com experiência, que muito admiramos, conseguiu que a aula prosseguisse sem o sobressalto que seria causado, temos a certeza, a leitura integral da listinha.
       Ela própria veio entregar-me a lista antes de falar com o menino e, em boa verdade, ainda não tomamos qualquer tipo de procedimento com o vosso filho, porque queríamos falar com os senhores primeiro e chegar a algumas conclusões antes de investir pedagogicamente.
O vosso filho
parece-nos um menino muito saudável, muito educado, muito correcto
escreveu na sua listinha de dez desejos de prendas, por cinco vezes, que queria uma espingarda que matasse.
E enquanto terminava a frase tirava da gaveta um papel pequeno e garatujado que entregava aos pais do Toni que, de repente, sentiam o alívio típico do diagnóstico e o pesar que se lhe segue, próprio de quem procura, dentro de si, convocar os recursos necessários para resolver o problema. Dos três havia-se eclipsado o sorriso social e o papel circulava de mãos em mãos e cada par de olhos que lhe tocava a espessura capilar arranjava uma forma de materializar a surpresa do contacto em expressões rebuscadas de incredulidade e de desaprovação. A directora
       O que é que vamos fazer com isto?
II
Quando o pequeno Toni olhou para o formato dos embrulhos que jaziam como as entranhas inertes de uma árvore de Natal imaginariamente esventrada, apercebeu-se da possibilidade de, por uma vez na sua ainda curta vida, a sorte o ter bafejado num assunto que ele dava por perdido desde que o formulara em desejo e, no dia que precedeu a véspera de Natal, Toni mal pôde pregar olho e o pouco que sonhou já tinha sido contaminado pela presença daquele embrulho no qual se escondia, imaginava Toni, a espingarda que ele tanto pedira ao Pai Natal em carta, a Deus em preces e aos seus pais em metáforas a que eles, aparentemente, eram imunes.
A forma como Toni formulava o seu desejo era, não raras vezes, ambivalente; se por um lado especificara, de cada vez que falava no assunto, que queria uma espingarda a sério, convencido de que o “a sério” seria imediatamente convertível numa propriedade essencial e indespedível da espingarda, i.e., o facto de ela ser uma arma, de ser arma de tiro e de ser uma arma mortal, por outra parte não era menos verdade que o Toni, quando inquirido, manifestava uma certa dificuldade em justificar a sua escolha, evadindo a questão com um encolher de ombros estratégicos ou com um “eu quero” em ritmo infantil de semi-sapateado.
Seria a todos os títulos inconfessável, no seio de uma família regrada como a sua, anunciar,
talvez a do Júlio fosse mais adequada para exprimir este tipo de pulsões homicidas porque, dizia-se na Escola, sempre que a oportunidade de expressar um segredo já conhecido de todos mas suficientemente hediondo para se fingir surpresa consternada a cada audição surgia, que o pai do Júlio estava preso e quem estava preso ou era um ladrão ou um assassino. Tendo em conta que a detenção do senhor já se prolongava, pelo menos, por dois anos lectivos, era justo assumir que o pai do Júlio seria mais assassino que larápio pois dois anos era muito tempo para estar detido por roubar fosse o que fosse
mesmo fingindo ser uma brincadeira para tomar o pulso ao critério moral do momento, que se queria por fim à vida de qualquer criatura maior e menos repelente que uma barata (empreitada para a qual todos contribuiriam menos a mãe, que lhes tinha um pavor alérgico), mesmo que fosse um par de galinhas e um galo, como era o caso na cabeça do pequeno Toni, que mirava com redobrada expectativa o embrulho elíptico de onde sairia, no dia de Natal, esperava, uma solução para o problema das manhãs de Domingo interrompidas pelo cocorococó a destempo que o deixava dormir há meses.
O galo do vizinho, ao contrário dos galos das histórias, não cacarejava o glorioso despertar matutino no telhado do celeiro ao raiar do sol, como outros o faziam em tantas ilustrações que Toni já vira. Este galo, que Toni odiava ao ponto de não consegui sequer dar-lhe uma alcunha moderadora, acordava muito antes dos primeiros segundos de fotossíntese e, revigorado pelos ares pré-matinais, alçava da epiglote e, do alto do ponto mais elevado a que podia chegar fazendo um uso intensivo mas desajustado das asas que deus lhe conservara por piada, debitava em longuíssima e estridente voz de galo a equivalência inversa do que seria a alegria matinal. Este galo, cuja existência fazia com que o Toni, por contágio, começasse a detestar as galinhas e os galos como um todo até chegar a qualquer criatura emplumada, passando naturalmente pelos pombos arrulhadores que lhe lembravam galinhas menores a anti-depressivos, era o único obstáculo entre um sono justo e adequado à idade e os constantes sobressaltos pelos quais Toni passava, já com a antecipação a contribuir grandemente para empolar o estado de tensão que o acompanhava de cada vez que a horizontalidade da postura rimava com sono e sonho.
Toni havia tentado junto dos pais uma ofensiva diplomática para que estes percebessem a dimensão do problema; chegou inclusivamente a propor um acordo com base em notas escolares: se os pais concordassem em trocar de quarto com ele, Toni comprometer-se-ia a ser o rapaz mais bem comportado e classificado de toda a sua turma nos trimestres que faltavam para acabar o ano lectivo. Os pais não percebiam a necessidade de Toni de trocar de quarto, apesar de estes estarem em zonas diametralmente opostas do mesmo andar da vivenda que habitavam. Para eles, os quartos eram quartos, i.e., paredes caiadas, segundo rezava a música, feitas para albergar corpos mais ou menos cansados. O pedido do Toni nunca fora considerado porque os seus pais tanto achavam que era obrigação do petiz ser o melhor – ou fazer por ser – da turma, como tinham a ideia firme que não deviam abrir precedentes logísticos sob pena de um dia acordar com a parede da garagem grafitada a pretexto de uma qualquer inovação estética. O Toni, como tinha uma vergonha desmedida em confessar os verdadeiros motivos pelos quais se queria afastar do seu quarto ou, melhor dizendo, daquele lado poente da casa, acabava por resignar-se no descontentamento típico das crianças, que esperam o sim sem parar isso anteciparem ter de desenrolar publicamente o porquê.
Geograficamente, os plumídeos estavam localizados num quintal que distava dois do dele. Toni não tinha acesso directo ao quintal do vizinho, e muito menos ao quintal posterior ao quintal do vizinho, onde deambulavam o galo e as galinhas, dos quais ele sabia a existência pelos cacarejos frequentes e por eles esvoaçarem – tanto quanto lhes era possível, o galo mais vezes do que as galinhas – para cima do muro de tijolo sem reboco onde provocavam, sem parecerem dar atenção a isso, o cão do vizinho, um rafeiro com costela de pastor belga que escondia, por debaixo do tufo de pelo que lhe chegava da testa ao focinho, os olhos mais pretos e brilhantes que Toni já vira.
A ideia de matar os bichos à pedrada já lhe havia passado pela cabeça. Não fora a distância considerável de uns quinze metros e a falta de pontaria de um braço que a custo se esforçava diariamente para não roubar, numa contracção muscular involuntária, as pernas dos F’s ou as curvas generosas dos S’s, e Toni já teria resolvido o problema. O facto de a vizinha passar alguns bocados do dia a estender roupa na varanda do primeiro andar ou a deixar-se lamber pelo sol enquanto fumava não ajudava o pequeno Toni a concentrar-se na tarefa de, deixando o galo alçar-se no muro de tijolo, calibrar a força, direcção e ângulo de saída de uma pedra semelhante àquelas que ele usara em treinos com garrafas de plástico, as quais raramente sucumbiam aos intentos lapidadores do pequeno Toni e faziam prever janelas partidas e outros cuidados acaso Toni resolvesse tratar do assunto à pedrada.
Outros esquemas já haviam sido imaginariamente considerados. Alguns não eram sequer planos, na acepção activo-conspirativa da palavra. Eram desejos, fantasias dispersas alinhavadas entre uma distracção e um despertar. Uma das ideias recorrentes do Toni fundava-se sobre a possibilidade, até agora inédita, do galo cair muro abaixo em direcção ao rafeiro intempestivo. Não somente o problema teria um fim, como não haveria possibilidade – e muito menos legitimidade – de ligar um acontecimento fortuito a um desejo que lhe fosse, em segredo, subjacente. Os galos, pela quantidade de vezes que aquele galo específico já havia subido, andado e descido do muro, deviam ter um precioso sentido de equilíbrio aliado e um desprezo quase felino por aquele ladrar gutural, tão intenso quanto inofensivo.
A espingarda, transversalmente deitada num coma de embrulho, havia de ser a solução.

                                                                                III
Quando eu consegui entrar no quarto
tive de arrombar a porta, perdi a conta a quantos pontapés lhe preguei para que a conseguisse finalmente deitar ao chão, porque ele tinha-a trancado por dentro
vá-se lá saber porque o fizera
ele estava estendido, ao pé da janela, e sob o impacto do momento nem percebi, de imediato, que ele não estava a dormir, que aquilo não era sono mas a sombra da morte, que o meu menino estava ali sem ali estar, emprestado pelo tempo
a boca cheia de espuma e os olhos revirados, eu até pensei tratar-se de um ataque epiléptico, algures li sobre isso, um primo meu
que Deus tem
teve até muito tarde e era assim que ele tombava maduro, tínhamos de ter cuidado para ele não mordiscar a língua e de resto era esperar que aquilo passasse, aqueles espasmos
e a verdade é que muita gente tem, por que não poderia o meu filho aparecer-lhe
como aparecem as gripes ou as alergias sazonais
a gente não ia gostar dele menos por isso
por se perder dele próprio em tremores tétricos ocasionais
tudo se compreende num filho
e mesmo que não se compreenda perdoa-se
e eu perdoo-lhe isto
perdoo-lho mesmo que não o perceba
assim como lhe perdoava tudo mesmo que não percebesse nada
fora isso acordá-lo deste torpor e salvá-lo num repente redentor e o médico me viesse aqui à sala dizer que ele dormia descansado um sono solto de criança
e que podíamos esperá-lo à beira da cama entre flores e caixas dos melhores chocolates e prometendo uns aos outros que nenhuma pergunta teria de ser feita
porque à sorte
como ao azar
a gente não deve perguntar mas aceitar
e as perguntas
a serem feitas
já vêm atrasadas e fora de tempo
porque não nos questionámos antes
quando lhe oferecemos aquela espingardita de plástico
que ele dividiu em corpo e cano com uma serra de metal para dela fazer uma espécie de zarabatana
como me disse o seu colega
que pelos vistos é uma arma com origem na América do Sul
mas os miúdos agora sabem tudo com a televisão com a internet
ele sabia o que fazia quando a seccionou com algum esforço
e quando a entupiu de veneno para ratos que eu guardava na garagem
numa prateleira alta
a salvo dos curiosos
pensava eu
pensava que ele nem sabia o que era veneno, quanto mais que o pai o teria para impor sossego territorial em casa e nos arredores
ele queria provavelmente atirar aquilo para algum lugar onde a mão não lhe chegava e inventou um tubo com um cano de uma espingarda de brincar
e quando aquilo entupiu deve ter aspirado parte do composto a tentar desentupir o cano e agora está ali rodeado de médicos que lhe tiram e metem coisas no corpo
à espera que o corpo
Algum dos senhores é o pai do António?
Alguém aqui é pai do António Cabrita?
Sou eu Doutora, sou eu

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