terça-feira, 3 de maio de 2011

EINSTEIN E OS MEUS ALUNOS


R= soneca
Fiz com os meus alunos um trato que me pareceu justo. Eles ajudavam-me no dia da mudança de casa e eu daria a cada um deles 50 livros digitalizados, à escolha, dentre as muitas centenas que tenho no disco rígido. Pretexto para eu arrumar os desirmanados em pastas e dar alguma disciplina à minha laboriosa desordem. E, abrindo inúmeros documentos para os catalogar com propriedade, deparei com esta deliciosa história de Einstein.
O matemático ia jantar fora com amigos e a mulher. Um bocadinho antes da hora de saírem de casa, a mulher foi ao escritório e admoestou-o: vai lá trocar de camisa e arranjar-me esse cabelo. E o Einstein, pesarosamente, saiu do escritório, e subiu as escadas para se dirigir ao quarto. Aqui abriu o guarda-fato e tirou uma camisa engomada que poisou nas costas do cadeirão, depois, de pé diante do espelho, começou a despir-se.
Uma hora depois a mulher encontrou-o a dormir como um cordeirinho entre os lençóis. No acto de despir-se, esquecera-se do que vinha fazer e como se viu nu, concluiu que estava na hora de dormir, e naturalmente deitou-se. 
Esta lente para o agora, a propensão para se deixar dominar pelo detalhe, é definitivamente uma marca do génio.
A propósito, só dois dos meus alunos compareceram. Deve cansá-los, antecipadamente, a hipótese de terem 40 livros para lerem.  

Sem comentários:

Enviar um comentário