Procuro um sofá de dois ou três lugares, preferencialmente
com cama de enrolar. Há quem procure uma alma,
ao rubro, incandescente, ligada à memória por uma
liga imaterial, algo clonado no trânsito do gato, da sexta
para a sétima vida. Há quem jogue no casino ou faça copy
que as borlas não lhe tenham calhado, ou jogue tudo na política.
Eu procuro um sofá com cama acoplada e se possível
com gente dentro, um nauta. Num mundo pós-simbólico
e prenhe de natas um nauta talvez nascido no âmago
sob a pele do meu sofá há-de localizar
a duplicidade coruscante que me rompa o tédio
de não haver nada para além da linha do
horizonte.
E faremos filhos, entre uma
torrada e outra e pão com gila.
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