quinta-feira, 18 de setembro de 2014

FANTASIAS COM KILT E SEM KILT ESCRITAS NUM COLÓQUIO COM UM VINHO CHILENO



Quando é que as vinhas expulsam pássaros e ladrões?
Estávamos tão excitados que não cabíamos
na pele.

Se eu tivesse talento imitar-te-ia,
que no amor como na esgrima
recuar não é fugir.

Como a zebra fugida da estrada:
não cabíamos já na pele.
Vinho que se perpetra e mana
das próprias pedras.

A águia fixa a lebre?
As veias da presa evolam-se,
reconhecidas. Também nós,
embriagados, nos fustigamos
- o sol e a cal em transe.

Acaricio-te para fazer hibiscos,
percebes? Sou profundamente ecológico.

Deus uma espécie de agente
que tratava do sucesso dos seus estames
já te viu assim?
Profusão errática:

um seio  mais extenso
que a volta à França em bicicleta
a minha mão abysmada nos Alpes
e o meu sexo tricotado num oito

onde um campanário vai sugar
todas as crenças.

Da Casa de Tudor, já ouviste falar?
São ingleses, não são?
Extinta.

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