quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

PARA QUE SERVEM OS ELEVADORES?

                                    Eis outro António: o Quadros, que homenageio neste livro

E pronto, chegou da tipografia. É um pequeno livro de ensaios, Para que servem os Elevadores, e outras indagações literárias, 200 páginas, publicado pela Alcance, sobre literaturas. Metade incide sobre literatura moçambicana e o resto são textos volantes, uns inéditos, outros não, como o Respiro (que teve uma edição de 80 ex.), o Que Histórias Conta o Ouriço à Baleia? (uma edição de 300 ex., se bem me lembro, no Pico), os meus prefácios à tradução de Juan Luís Panero ou à antologia que organizei do Virgílio de Lemos, ou o meu texto sobre o Grabato Dias, mas no essencial é uma primeira antologia onde se evidenciam os passos em falso que tenho dado na área.
Tenho uma segunda já preparada, Dá-me Cem Gramas de Camões Mal Passado? mas esta fica para o fim de ano. Por agora, deixo o títulos dos capítulos:
- A sós com os meus botões
- Que histórias conta o ouriço à baleia?/ travessias no imaginário
- O passe vertical/ poesia e futebol
- Como se desmama o crocodilo?/ cartas a um jovem poeta
- O homem com gatos nos pulmões/ Grabato Dias
- Quem cala a raposa e o grilo/ Ted Huhes e Alexandre O´Neill
- Carta ao poeta Alberto Lacerda
- José Craveirinha: um polígamo da mostalgia
- Consentimento da Neve/ Panero e eu
- Lírios, flamingos e o sentimento do tempo/ Fernando Couto
- Para que servem os elevadores?/ da “inutilidade” social da poesia
- Três novas chaminés fumegantes/ Mbate Pedro, Tânia Tomé e Florindo Mutender
- Cidade dos Espelhos, um excurso/ João Paulo Borges Coelho
-  A buganvília que ri/ Virgílio de Lemos
- Respiro/ poesia e não-dualidade
- Desejar mas não Fundir

 Como se vê: é um zoológico. Ou uma zoologia dos fluidos.
E para que se perceba como a coisa não pode ser muito séria, aqui vos deixo as três epígrafes escolhidas para encabeçar o livro, demonstrativas de que por ali pouca coisa será potável:

 «A minha vocação é desenhar o que vejo e não o que sei»
William Turner 

«Eu pinto os objectos como os penso e não como os vejo»
Picasso

«Direi, salvo o vosso devido respeito, que ele faz milagres, pois tem o cu redondo e faz os dejectos quadrados»
Nicolas Poussin

 O desenho da capa é do João Lucas, que é brilhante em tudo o que toca.
Ah, sim, os elevadores. Como em Maputo é o segundo andar alto em que vivo (agora um nono) com os elevadores a conta-gotas (quando funcionam) a fúria aca(l)mou em metáfora.

1 comentário:

  1. Podias era mandar isso aqui para os indigentes,via mail e em formato pdf, n'era? :-)

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