UM DIA AZIAGO
Desta altura da minha vida – um sétimo andar 
sem elevador – vejo a minha adolescência a pular 
na mesa alemã e enxergo o modo doméstico 
com que me fui impregnando do vício 
de estatelar-me ao comprido. É coisa 
que vem de longe, em várias frentes e lugares
e mesmo no meio do nada – como não? 
Não obstante, lamento informar que nunca 
tropecei em nenhum tipo de tristeza 
pós-coito (- terá sido de lá em casa, em miúdo, 
usar-se a pasta medicinal Couto?).
Muitas vezes por bárbara inconsciência, 
admito, mas sempre é um ganho,
e corrobora a minha teoria da involução: 
um homem é um homem e mané é mané.

Pois, há mesmo diferença entre pós-coito e pós- Couto. Pode ser subtil. Mas há...
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